Quando Parar de Insistir e Soltar? O que o Tao nos Ensina.
- Alessandra Hartveld
- 25 de jan.
- 2 min de leitura
A vida, muitas vezes, parece um labirinto repleto de objetivos a alcançar e relações a preservar. Contudo, quanto mais tentamos controlar as situações à nossa volta, mais percebemos que elas podem escorregar entre nossos dedos. Isso se dá especialmente quando nos agarramos firmemente a um resultado desejado. A agitação interna gerada por essa necessidade de controle pode ser paralisante. Sentimos um peso emocional cada vez mais intenso que se acumula com o tempo, levando a um ciclo vicioso de autoanálise excessiva e tensão.
Esse medo constante do fracasso, da perda de controle ou até mesmo da rejeição pode nos aprisionar em um estado de angústia. A busca incessante por validação externa ou a manutenção de uma determinada imagem de sucesso nos torna menos receptivos e, paradoxalmente, mais solitários.
O Tao, no entanto, nos oferece uma perspectiva diferente. O ensinamento central dessa filosofia é que o desapego não é sinônimo de indiferença, mas sim de confiança. Através do desapego, criamos espaço para que a vida flua naturalmente. Quando abrimos mão do controle excessivo sobre nossas expectativas e resultados, abrimos também portas que, de outra forma, não poderiam ser acessadas. Essa abertura gera um alinhamento com o fluxo natural das coisas, permitindo que a vida se desenrole de maneira orgânica e surpreendente.
Então, quando devemos parar de insistir e simplesmente soltar? Quando a pressão emocional se torna insustentável, quando o esforço se transforma em estresse, e quando a busca incessante pelo controle nos afasta do que realmente importa. Ao soltar, encontramos não apenas alívio, mas também a liberdade para explorar novas possibilidades e a coragem para aceitar a incerteza.

Sobre a autora: Alessandra é Psicóloga Junguiana, atende presencialmente em Hong Kong e online para outras localidades.
Comments