Perfeccionismo - A Armadilha da Perfeição
- Alessandra Hartveld
- 28 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 20 de jan.
Na sociedade atual, a sensação de bem-estar parece ser algo efêmero. Para nos sentirmos merecedores, é imprescindível estarmos sempre acima da média. Como podemos lidar com essa pressão constante e não cair nessa armadilha do perfeccionismo?

Milhões de pessoas dependem de medicamentos apenas para encontrar motivação suficiente para sair da cama pela manhã. Muitas vezes, algumas recorrem à rebaixar os outros como uma forma de se sentirem um pouco melhores. Porém, essa estratégia é extremamente prejudicial, pois, no fundo, sabemos que não é o caminho para a verdadeira felicidade; ela apenas diminui nossa autoestima e seus efeitos são devastadores.
A maioria de nós encara dificuldades, falhas e contratempos como uma condenação perpétua. Nos rotulamos como insuficientes e nos castigamos pela dor emocional decorrente do autojulgamento. Existe uma alternativa?
Precisamos nos livrar das etiquetas de “bom” e “mau”, reconhecendo que temos feito o nosso melhor dentro das circunstâncias que nos rodeiam, enfrentando com coragem as adversidades da vida. Não nos tornaremos superiores através da autoagressão; pelo contrário, somente repassaremos nossas frustrações para aqueles que nos cercam. É essencial que façamos uma pausa desde ciclo de crítica.
Oferecer a nós mesmas doses de conforto, aceitação, segurança e autocompaixão pressupõe uma visão clara de nossa condição humana compartilhada, que é imperfeita e frágil. Quando nos conectamos com essa fonte interior de bondade, nos sentimos mais seguras e acolhidas. Assim, estamos mais preparadas para abraçar nossas imperfeições e avançar em direção ao autoconhecimento e ao crescimento emocional, num progresso constante.
Sobre a autora: Alessandra Hartveld é Psicologa Junguiana, atende presencialmente em Hong Kong e online para outras localidades.
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